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Balenciaga Torres & os Corações Pelludos - Cláudio Tognolli
“Balenciaga Torres e os Corações Pelludos” é uma história real, ainda que traduzida à clef: a de uma repórter que quer aprender a matar.Para tanto o autor coletou cerca de 180 mil termos, de 15 autores, em 17 anos. Devidamente destruídos, redramatizados, constituíram esse gigante palimpsesto que é o livro.
No livro, é a forma que manda: o palimpsesto conduz o arbítrio e a jornada da estória. A obra pretende-se uma plataforma, de download livre, em quatro partes, uma a cada semana. As fotos foram encomendadas a Rui Mendes e João Wainer. A capa e projeto gráfico vem da editora Pinky Wainer, sobre foto de Mendes. A trilha sonora da plataforma foi composta especialmente por Apollo 9, produtor de Seu Jorge, Rita Lee, Otto e Bebel Gilberto. A engenharia de som do Apollo 9 é de Roy Cicala, ex-produtor de John Lennon, Sinatra, Hendrix e Miles Davis.
O cantor e compositor Lobão, biografado do autor, colaborou com uma faixa exclusiva, em que toca bateria e sintetizadores. Paulo Ricardo, ex-RPM, entra com uma faixa. Guilherme Isnard, da banda Zero, Luiz Thunderbird, e Amleto Barboni também entregaram faixas que, para eles, tinham a feição de alguns personagens. Jorge Luis Borges, o bruxo da Calle Maipu, escreveu o seu “Prólogo dos Prólogos”, em que compôs prefácios de livros inexistentes, num nada sutil ataque à indústria de prefaciadores.
O escritor Marcelo Rubens Paiva emulou Borges: também descrê dessa laboriosa empresa, e entregou um prólogo solarmente irruptivo, ático. Já a profa. Beth Saad tece loas à empresa do download e vê nela a promessa de um futuro.

José Simão no País da Piada Pronta - José Simão
Dicionário tucanês, lulês e antitucanês - José Simão
Os dicionários do Simão -tucanês, antitucanês e lulês- publicados neste livro são mais relevantes para a leitura da história contemporânea brasileira do que muitos compêndios de sociologia tupininquim. Com a maior de todas as vantagens humanas: não estão impregnados pela tinta da chatice e da rabugem.
Porque Simão é um artista pop brasileiro, no sentido de vida e no sentido de popular mesmo, como queria Andy Wahrol, uma das suas tantas influências.
No país da piada pronta, não é nada fácil ser um grande humorista. A concorrência desleal com a realidade é um terror. Neste livro, lançado orgulhosamente pela Editora do Bispo, além dos dicionários, Simão desvenda ao leitor os segredos da arte da sua escrita e dos seus comentários de rádio e tv. Saiba, entre outros mistérios, porque um banho e um bom figurino podem ser importantíssimos para fazer um programa radiofônico.
216 pgs.

Por que se mete, porra? - Paulo César Peréio
Delicadezas de Paulo César Peréio
Gaúcho de Alegrete, 66 anos de vida e 50 anos de carreira, Peréio é um dos mais importantes atores do país. Atuou em 100 filmes, entre longas e curtas, como “Os Fuzis” (Ruy Guerra), “Terra em Transe” (Glauber Rocha), “Eu te amo” (Arnaldo Jabor), “Iracema, uma Transa Amazônica” (Orlando Senna e Jorge Bodanzky), entre outros. Integrante do Teatro de Arena, em São Paulo, participou de montagens históricas, como “Roda Viva”, nos anos 1960, e dirigiu e protagonizou a peça “O Analista de Bagé”, nos anos 80. O livro é um apanhado afetivo da vida do artista, um carregamento de achados e perdidos, cartas, cartões, contêineres de amores e dolores, cantos malditos de guardanapos, delírios e o fabulário em geral de Peréio.
162 págs.

Vendo Alma Vagabunda com Tatuaje del Che - Pinky Wainer
Nas minas de diamante da África do Sul, quando podem, os minaradores engolem um diamante para vender no mercado negro. Se pegos são mortos para que se retire o diamante das entranhas do cadáver. Afinal, business is business." Pequenas fábulas violentas, Eros & Tanatos, Hanna Arendt no photoshop, ensaios para tattoos, desenhos, recortes, carimbos, fotos, provocações gráficas e manifestos políticos modernos. O mais surpreendente nesta obra é que cada livro é único, pois depois de impresso passa por nova intervenção manual de Pinky Wainer. editado em 2004 pela Fina Flor, com uma tiragem de apenas 80 exemplares, "Vendo Alma Vagabunda..." volta à praça e já é um dos livros mais pedidos da Editora do Bispo.

Manual para fazer das Crianças Pobres Churrasco - Jonathan Swift, Fábia Bercsek, Clarah Averbuck
Manual para fazer das crianças pobres churrasco ou Modesta proposta para evitar que as crianças da Irlanda sejam um fardo para seus pais ou seu país. Por Jonathan Swift
Tradução Clara Averbuck
Ilustrações Fabia Berseck
O renomado e clássico Jonathan Swift, o homem d´As Viagens de Gulliver, nos apresenta o atualíssimo “Manual para fazer das crianças pobres churrasco”, um texto político e satírico do século XVIII, mas perfeitamente válido para os nossos dias no Terceiro Mundo. A tradução e apresentação ficaram por conta da escritora Clarah Averbuck, com ilustrações da artista Fábia Bercsek, o que emprestam ao livro mais luxo ainda. Embalado a vácuo, como em um frigorífico ou supermercado, o manual é mais um projeto gráfico de Pinky Wainer que preza, sobretudo, pelo assassinato da caretice editorial.
92 págs.

Coisas de Amor Largadas na Noite - André Gonçalves

Catecismo de Devoções, Intimidades e Pornografias - Xico Sá
Com uma linguagem que usa como modelos os manuais eróticos da antiguidade árabe, a Bíblia e as sacanagens da escola Carlos Zéfiro, este volume é um tratado de devoção às mulheres e uma defesa radical do hedonismo e do prazer. As breves e pecaminosas orações do autor abordam dos temas mais antigos, como o uso dos espartilhos e a sodomia, até o sexo virtual dos tempos do Messenger e do Orkut.
400 págs.

Caballeros Solitários Rumo do Sol Poente - Xico Sá
Um cavalo que foge de uma famosa estátua eqüestre beija e amapara na sarjeta o cavaleiro delirante. Don Augusto Sombra, o biógrafo de vidas desperdiçadas, colhe relatos nas tabernas, onde encontra Don Macedônio Fernandez e o incrível Sr. Knut. Esperanza, marcada por agulhas de fabriquetas coreanas e febre da selva, pisoteia los hombres em la calle. A insone Veridiana, Chica Buñuelistica, desconfia que tudo não passa de uma fábula envenenada com boa-noite-cinderela. A essa altura, o portunhol selvagem é a nova língua da Babilônia. Preparem seus corazones, senhoras e senhores, as aventuras nos chacos existenciales de San Pablo estão apenas começando. Tudo acontece na mais longa noche deste pueblo, quando os Gânsteres do Sol Quadrado impõem o toque de recolher na metrópole-mor de Latinoamérica.

Ttsss... A Grande Arte da Pixação em São Paulo, Brasil - Boleta, João Wainer
Quem ergue a vista para os céus de SP encontra um verdadeiro jardim suspenso de Babel. Naquelas pichações – ou pixações, com “x” mesmo, como usado na linguagem das ruas – há um decifra-me ou te devoro permanente. As gangues e grifes têm as suas tipologias próprias, como se fossem os novos Gutenbergs do caos urbano. Enquanto o Estado e a polícia lêem estes rabiscos como vandalismo, a Editora do Bispo apresenta, em fotos, “agendas” dos pixadores e mostruário de tipos de letras, um grande livro de arte de rua.
edição bilíngüe – português/inglês.
152 págs